segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Três vereadores ( Vani, Ozair e Manego) são presos durante a sessão da Câmara, em Aracruz

19/12/2011 - 19h22 - Atualizado em 19/12/2011 - 19h22

Outros três parlamentares foram afastados dos cargos. A operação envolveu Ministério Público e a Polícia Civil

DA REDAÇÃO MULTIMÍDIA

foto: Divulgação
Orvanir Pedro Boschetti (PMDB), Ozair Coutinho Gonçalves Auer (PMDB) e Jocimar Rodrigues Borges, o Manego (PSB)
Orvanir Pedro Boschetti (PMDB), Ozair Coutinho Gonçalves Auer (PMDB) e Jocimar Rodrigues Borges (PSB) foram presos nesta segunda

Os vereadores de Aracruz Orvanir Pedro Boschetti (PMDB), Ozair Coutinho Gonçalves Auer (PMDB) e Jocimar Rodrigues Borges, o Manego (PSB) foram presos durante a sessão da Câmara no início da noite desta segunda-feira (19). O advogado Guilherme Loureiro também foi detido. Outros três parlamentares também foram afastados dos cargos. A operação foi para cumprimento de mandados judiciais.


De acordo com o delegado Leandro Morais, titular da DP de Aracruz, os policiais pediram para que a sessão fosse suspensa. Segundo testemunhas que preferiram não serem identificadas, os agentes efetuaram a prisão dos parlamentares Orvanir Pedro Boschetti (PMDB), Ozair Coutinho Gonçalves Auer (PMDB) e Jocimar Rodrigues Borges, o Manego (PSB). Os vereadores Paulinho da Vila, Luciano Frigini e Ronis Alves foram afastados dos cargos.





19/12/2011 às 20:10
Polícia Civil invade Câmara de Aracruz, prende vereadores e interrompe sessão
Em ato considerado abusivo pelo vice-presidente da OAB-ES, Apolônio Cometti, a Polícia Civil, sob o comando de dois delegados, “invadiu” às 18h40 de hoje a sessão da Câmara de Aracruz, interrompendo a reunião e proibindo o público de entrar e sair do legislativo. O motivo foi o cumprimento de mandatos de prisão temporária contra o advogado Guilherme Loureiro Oliveira e os vereadores Vani Boschetti (PMDB), Manego Borges (PSB) e Ozair Auer (PMDB), assinados pelo juiz criminal Grécio Nogueira Grégio.
   Vani e Manego foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória de Aracruz (CDP-A) e o advogado Guilherme Loureiro permanece na delegacia da cidade, assistido pela OAB. Os policiais também notificaram o presidente da Câmara, Ronaldo Cuzzuol (PMDB), sobre os novos afastamentos dos cargos dos vereadores Luciano Frigini (PSD), Ronis Alves (PSD) e Paulinho da Vila (PSD). Ronis e Paulinho estavam retornando de um longo afastamento e era a primeira sessão que participavam. A vereadora Ozair Auer foi encaminhada ao presídio feminino de Colatina.
   Em sua decisão, o juiz Décio Nogueira Grégio manda prender e recolher os três vereadores ao CDP-A, acusados por formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal), na prática mínima de quatro crimes contra a administração pública, combinado com o art. 90 da Lei 8.666/93, por frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter vantagem.

Luciano, Ronis e Paulinho são novamente afastados
O juiz criminal de Aracruz, Décio Nogueira Grégio, afastou das funções os vereadores Paulo Sérgio Rodrigues, o Paulinho da Vila, Ronis José Pereira Alves e Luciano Frigini, ambos do PSD, acusados de ingerência nos processos que originaram o primeiro afastamento do trio.
   Os três novos fatos apresentados aos autos pelo Ministério Público, obtidos por escuta telefônica, indicam que Paulinho da Vila e Ronis Alves ligaram para o depoente George Cardozo Coutinho (PSD), vereador que ficou afastado e preso, retornando ao cargo há uma semana, pedindo que o mesmo confirmasse com Luciano para que os quatro, a partir da sessão de hoje (19), passem a “fechar juntos”, se agregando na tomada de decisões, inclusive em relação “à divisão do bolo daquela Casa de Leis”.
   Em outro grampo telefônico, o Ministério Público gravou uma conversa atribuída a Paulinho da Vila, em que diz: “...no passado, além do grupo do PMDB que recebia o ‘lixinho’, formado por Rosane Machado, Rodrigo Scopel, Paulo Neres, Davi Gomes, Anderson Ghidetti e Luciano Frigini; que também Gil Furieri, Ronaldo Cuzzuol, Vani Boschetti, Ozair Auer e Manego Borges recebem o ‘lixinho’ na atual gestão da Câmara”.
   Por isso, entendeu o Ministério Público que não faz sentido permitir que os vereadores continuem exercendo o cargo, praticando os atos apontados na denúncia, e pede a suspensão dos subsídios, que foi concedida pelo juiz. Os suplentes são Beto Vieira (PDT), Agnaldo Conceição de Jesus (PMN) e Kiko Covre (PSB).

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