quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Agonia de famílias de Aracruz não acaba e um novo protesto exige novas moradia

4/11/2010 - FONTE: http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=7022

Lívia Francez 

Protestando contra a desapropriação de uma área conhecida como Morro do Cruzeiro, moradores do distrito de Santa Cruz realizaram um novo protesto nesta quinta-feira (4), na rodovia ES 010, em Aracruz, no norte do Estado. A alegação da prefeitura do município é que o Morro do Cruzeiro corre o risco de desabar e as casas podem descer junto com o barranco.

No entanto, os moradores do loteamento não têm para onde ir e exigem uma contrapartida por parte da prefeitura para deixar a área. O prazo para a desocupação vai até o dia 14 deste mês.

Segundo a coordenadora do Centro de Promoção e Defesa de Direitos Humanos de Aracruz, Gilcinéa Ferreira, a falta de moradia em um problema crônico no município e a abertura de licitação de obras para casas populares no município não atende à demanda de famílias que necessitam de habitação. Somente em Aracruz existem no momento quatro ocupações nos distritos de Santa Cruz, Morobazinho, Vila do Riacho e Barra do Riacho. Ela conta ainda que em Santa Cruz existem famílias que residem nas casas há mais de 50 anos e que não têm condições de arcar com alugueis ou comprar casas em outros locais.

Já no distrito de Barra do Riacho, onde 365 famílias estão assentadas no loteamento Nova Esperança, a ONG Amigos da Barra do Riacho requereu a posse da terra para os moradores que já ocupam o local. No entanto, segundo Gilcinéa, a Justiça determinou a desocupação da área, com a notificação dos envolvidos. Ela acrescenta que o Batalhão de Missões Especiais (BME) de Vitória foi designado para trabalhar na desocupação que pode acontecer a qualquer momento.

Ela teme que haja conflito, já que, embora os protestos e manifestações dos moradores sejam pacíficos, eles devem resistir à desocupação e correm o risco de sofrer agressões por parte dos policiais.



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