Câmara analisa a CPI do Lixinho
A CPI do Lixinho, como ficou conhecido o pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de pagamento de propina no contrato de limpeza urbana do município de Aracruz, deverá ser submetida a apreciação do plenário na próxima sessão da Câmara Municipal.
O processo havia sido arquivado por determinação do então presidente da Casa, Ronaldo Cuzzuol (PMDB) na semana passada, cinco dias antes de renunciar ao cargo e ao mandato de vereador.
A Justiça entendeu que Ronaldo, um dos seis vereadores acusados, não poderia ter arquivado o pedido de CPI sem ter submetido o processo à análise do plenário, já que este tipo de procedimento não está previsto no Regimento Interno da Casa.
O mandado de segurança insistindo na investigação foi interposto pela advogada Gilcinéia Ferreira Soares, integrante do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos de Aracruz, que assina o documento junto com outros dois membros da entidade. Eles também são os autores do pedido da CPI.
Denúncia
Segundo denúncias, os nomes dos vereadores Ozair Gonçalves Coutinho Auer (PMDB), afastada pela Justiça no dia 29 de março; Orvanir Pedro Boschetti (PMDB); Gilberto Furieri (PMDB); Jocimar Rodrigues Borges, o Manego (PSB); e Paulo Sérgio Rodrigues Pereira, o Paulinho da Vila (PT); além do ex- presidente da Câmara aparecem como supostos beneficiários em um esquema de corrupção que lhes garantia R$ 3 mil mensais pagos por uma empresa que cuida do serviço de limpeza pública.
A denúncia motivou a renúncia do vereador Ronaldo Cuzzuol que defendeu sua inocência em uma carta pública. Os acusados foram procurados na noite de ontem, mas não foram localizados.
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